Em dezembro de 1998, Raí e Leonardo deram o pontapé inicial para a realização de um sonho que nasceu da força da amizade. Enquanto jogavam no mesmo time e dividiam as conquistas, ambos vislumbravam a possibilidade de oferecer oportunidades de acesso à educação e à cultura para crianças de baixa renda.
O contato com esportistas que não tiveram essa chance, e passaram por diversas dificuldades para conquistarem o sucesso, reforçou a idéia de investir na formação ampla e usar o esporte como uma das linguagens, inserida no contexto metodológico para o crescimento individual e coletivo.
Colocar esses ideais em prática, porém, exigiu muito mais do que a vontade de apoiar a transformação social. A Fundação procurou pessoas e grupos como o Instituto Ayrton Senna, o Cenpec, a Casa do Teatro, a Fundação Abrinq para absorver novos conhecimentos e criar a metodologia e a linha pedagógica da instituição.
Em paralelo, acontecia a seleção do local onde a primeira unidade seria instalada. O bairro de Tremembé, mais precisamente a Vila Albertina, foi escolhido pela proximidade com a comunidade, o que impulsionaria o contato com os atores sociais da região, formando uma rede de atuação.
O apoio financeiro do BNDES e da Fundação Kellogs alavancaram a reforma e a preparação da infra-estrutura local, um prédio cedido pelo Governo do Estado de São Paulo.
Em agosto de 1999, a Fundação Gol de Letra abriu suas portas com o início do projeto Virando o Jogo. Desde então, crianças com idade entre 7 e 14 anos, integrantes do projeto freqüentam atividades de complementação escolar. Artes plásticas, dança, teatro, leitura e escrita, informática e esportes são as linguagens utilizadas para despertar um novo olhar para o mundo, estimulando o prazer de aprender e de transformar a realidade.
Mas as crianças não são o único foco de atuação da Fundação Gol de Letra. Os adolescentes também são personagens da nossa história. O projeto Cara da Vila foi o trabalho pioneiro com jovens. Reunidos em oficinas de vídeo, hip hop, teatro e fotografia, eles pesquisaram a história do bairro e transformaram as novas descobertas em expressões artísticas de cada linguagem.
O projeto Cara da Vila pode ser considerado o embrião do Programa de Formação de Agentes Comunitários, desenvolvido atualmente pela Fundação e direcionado para jovens e adultos do bairro de Vila Albertina a proposta tem como objetivo formar cidadãos autônomos.
Em setembro de 2001, a Fundação Gol de Letra ampliou sua atuação e desembarcou em Niterói. Na unidade carioca, as crianças participam do Programa Dois Toques. As atividades de complementação escolar são realizadas com o uso de linguagens como a dança, a arte, o esporte, a música.
Um ano depois, a unidade Niterói ampliou a sua atuação com o programa Aprendizes. Direcionado para jovens com idade entre 14 e 15 anos, o projeto tem como objetivo formar formá-los para atuarem como monitores, na instituição e também representando-a em diferentes espaços. Para isso, eles freqüentam atividades de informática, biblioteca, educação física, cidadania e música, complementando a grade do Programa Dois Toques.
Endereço: R. Antônio Simplício 170, Vila Albertina, CEP 02354-290 São Paulo - SP tel.: (11) 6262-2009
segunda-feira, junho 28, 2004
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário