Continuação...
Apesar de empenhar-se muito, no desenvolvimento de sua carreira, fazendo cursos à noite e nos finais de semana, Clara também arrumava tempo para namorar e sair com os amigos. Viu suas irmãs casarem e desistirem da faculdade e não se conformava. Com o tempo ela percebeu que quando seus relacionamentos iam ficando sérios, as cobranças aumentavam e era sempre ela que teria que abrir mão de um curso ou de trabalhos que exigiam mais tempo. Ela não gostava de ser pressionada, investiu muito na sua formação para abrir mão de sua vida profissional. Então desculpava-se: "Talvez não tenha encontrado a pessoa certa."
Assim como toda mulher, que quer vencer profissionalmente, Clara não media esforços no trabalho. Sempre prestativa e responsável conquistava a confiança de todos. Em sua trajetória, deparou-se com chefes que a tratavam como filha, como colaboradora e alguns confundiam as estações. Mas ela sempre soube se sair com elegância e diplomacia.
Com um deles, enfrentou uma situação delicada. Eram em três sócios, e um que se julgava mais esperto, tentou conquistá-la para receber ajuda num golpe que planejava contra o próprio irmão e o outro sócio.
Indignada ela se recusou, e durante alguns dias ficou sem saber o que fazer, pois a empresa dependia muito do sócio inescrupuloso. Como este também ficara ressentido com ela, pediu demissão. Sentiu-se totalmente impotente diante da situação.
A ambição nunca foi uma de suas características principais. Por isso, às vezes se sentia frustrada, principalmente quando uma funcionária nem tão capacitada para uma promoção, era indicada por agradar o chefe de formas bem pouco profissionais. Mas ela sempre se manteve altiva e fiel aos seus príncipios. Otimista dizia sempre: "Existem inúmeras oportunidades, você só tem que ir em busca. Quando uma porta fechar, outras abrirão para quem realmente merece."
Continua...
domingo, março 06, 2005
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