mas nem tão longa assim, já que só consigo escrever sintetizando tudo.
É uma história simples e cotidiana, muito parecida com a de milhões de mulheres que lutam com dignidade, por uma bem sucedida trajetória profissional.
A inspiração em relatá-la, surgiu de duas informações recentes que li e que me despertaram algumas curiosidades: Os dados da pesquisa do IBGE, que apontam um aumento da escolaridade da população feminina em relação a masculina, mas que continua à receber 30% menos, e a demissão da principal executiva da HP, Carly Fiorina.
Esta história pode parecer triste, mas quando comparada à outras tantas histórias de meninas sem famílias ou de infância miserável e violenta, não pode ser considerada assim tão triste. É na verdade uma história de luta, por uma vida mais justa e honesta.
Do ponto de vista de quem lê, eu acredito que somente quem tem príncipios terá algum interesse.
Para quem os valores de hoje, têm outros pesos e outras medidas, pessoas que acreditam que só nos tornamos adultos, quando seguimos a lei de Gerson. Esta história vai parecer idiota e sua personagem ingênua.
Ela começa com os mistérios do destino, que faz cruzar os caminhos de duas pessoas de mundos distantes, que irão se encontrar para viverem um grande e único amor. Este amor os manterá unidos por toda a vida. Também os fará superar obstáculos, como os preconceitos familiares e as dificuldades de se juntar dinheiro para iniciarem uma vida juntos. Mas eles compartilhavam os mesmos princípios e a mesma disposição de trabalhar e construir. Formavam um belo casal, eram queridos por todos pela bondade e pela felicidade que emanavam.
Tiveram três filhas, as quais deram nomes de Santas da igreja católica. A mais velha recebeu todos os mimos e se tornou um pouco autoritária e egoísta, como era de se esperar. A Segunda, já desde a infância sofria represálias da irmã, mas era protegida pela mãe, ainda assim era a mais peralta. A Terceira veio de uma gravidez de risco, sempre teve saúde delicada e se tornou sensível e amorosa. As três cresceram num ambiente simples, onde os princípios eram ainda mais rígidos, devido a religião do pai que se tornou evangélico.
O casal era semi-analfabeto, mas trabalhavam muito e economizavam para os estudos das filhas. Eles tinham o mesmo sonho; que as filhas conseguissem fazer curso superior e pudessem ter oportunidades, que eles não tiveram. Mas a vida num país como o Brasil, com golpes militares, inflação sem controle, num período político e economicamente instável , tirou o sono de muitos pais de família, que tinham que fazer "biscates"para manter a casa.
Os tempos eram difíceis, às vezes eles alimentavam os filhos e dormiam sem jantar. O serviço no cais do porto era raro e quando surgia, emendavam-se os turnos. O trabalho pesado tirou cedo o pai da ativa. Aposentado por invalidez ele tentava manter o sustento da família construindo casas. Isto, quando as dores permitiam.
E assim foram crescendo as três Marias, entre brincadeiras dentro do quintal fechado e a rigidez na cobrança das notas escolares.
continua...
quarta-feira, março 02, 2005
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