Terminou o FSM (Forum Social Mundial). Tive a oportunidade de acompanhar alguns debates via cabo, li textos sobre as discussões realizadas e notícias sobre Porto Alegre. Entre algumas destas divulgações, uma em especial me deixou intrigada.
Trata-se de um jornal do segmento de propaganda e mídia, que prefiro não citar. Segundo o editor, Davos e o FSM são antagônicos.
Em Davos se discutem os problemas concretos como; os défictis da economia americana devido a guerra do Iraque e sua influência na economia mundial, medidas de segurança para combater o terrorismo, acordos do comércio globalizado, o encolhimento da economia da China, etc.
O FSM discute problemas abstratos como; a preservação do meio ambiente, a injustiça social, o direito a terra, a fome (fome! Problema abstrato?). E complementa ironicamente, que a realização do FSM trouxe mesmo é movimentação para a economia de Porto Alegre.
Cada vez mais, chego a conclusão de que somos ratinhos de laboratórios condicionados. São poucas as pessoas que conseguem romper paradigmas herdados no seio familiar, nos muitos anos de escola, e no ambiente social em que vivem.
A visão de mundo é uma coisa meio bitolada, é difícil enxergarmos com os olhos dos outros. O que parece correto para um, pode ser errado para outro. É mesmo, como se viver em mundos diferentes. O que esperar de um executivo, que diz que é o dinheiro que movimenta o mundo? Enquanto que um sociólogo afirma, que só o cidadão pode construir uma sociedade mais justa que beneficie a todos, e assim reduzir os problemas sociais como a marginalidade e a violência.
Ao final de tanta discussão, descobrimos que os problemas estão todos relacionados nesse mundo de gente, mas que ainda não dá para tratá-los no mesmo espaço, com cabeças pensando tão diferente.
Mas uma coisa é certa, em ambos existe muita discussão e pouca ação. Ainda há esperança, aguardemos o próximo ano...
terça-feira, fevereiro 01, 2005
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