Trecho do texto de Daniele N. Madureira
Fonte - Meio & Mensagem
Considerado o pioneiro na disseminação da responsabilidade social da propaganda no Brasil, Renato Castelo Branco, falecido em 1995, foi o grande homenageado num evento da ESPM. "O respeito a princípios éticos, naquela época, era maior do que a luta por contas", disse Sales que, então à frente da Salles Interamericana, disputou parte da conta da Ford com a J.W.Thompson, presidida por Castelo antes da fundação da Agência de Propaganda CCBA. Guimarães, contratado aos 26 anos como diretor de ciação da CCBA, afirmou que Castelo "colocava poesia no cotidiano",tratando cada peça com "carinho".Ele ensinou uma forma de resgatar a nobreza do salário e do lucro", disse. Já Christina Carvalho Pinto afirma que a propaganda está carente de líderes como ele, capazes de se dedicar ao desenvolvimento do setor. "Ele via seres humanos naqueles que nós aprendemos a chamar vulgarmente, de consumidores".
Instrumento de mudança social
A CBBA cnsidera a propaganda um legítimo instrumento de expansão comercial, da promoção, do consumo e dos objetivos de lucro. Mas tem consciência da responsabilidade social da propaganda, que deve respeitar o comunicado e o indivíduo, e estar de em consonância com os objetivos do desenvolvimento econômico, social e cultural do País.
O idealizador dos princípios da agência CCBA, fundada em 1.971, Renato Castelo Branco, teve várias outras conquistas no currículo. Foi um dos criadores do CNP(Conselho nac. de Propaganda), em 1.964; incentivou a fundação da Associação Paulista de Propaganda, em 1.937; da Associação Brasileira de Agências de Publicidade, em 1.949; e da Escola de Propaganda, em 1.951, atual ESPM.
"Conhecer uma história de vida como a dele é um incentivo para quem está começando", diz a publicitária Emília Cristina da Silva. Na opinião do administrador Bruno Apollônio, a publicidade pode agregar ou detruir valores, e muitas vezes é conivente com a falta de ética do anunciante. "O que mais me impressionou é saber que você pode ser competitivo sem ser agressivo", disse a administradora Flávia Zílio.
A designer Carla Martins, acredita que, como Castelo, é preciso ser pró-ativo ao levar idéias de produtos e abordagens ao anunciante. "É importante estimular o que há de bom na sociedade".
Branco
quarta-feira, setembro 22, 2004
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