Sabe aquela grana extra, que todo garoto esperto aprende a ganhar com pequenos serviços fora do horário da aulas ou nas férias? Atividade comum entre os estudantes dos EUA e países europeus, e não é considerada nenhuma desonra para os jovens bem nascidos.
Pois é, aqui no Brasil a criança ou adolescente que tem esta iniciativa, é visto como de família pobre ou porque são órfãos e não têm o sustento dos pais.
É claro que não me refiro a passar o dia fazendo malabarismo no farol ou ficar pedindo dinheiro nas ruas. Trata-se daquelas atividades que a gente fazia depois da aula, ajudando um vizinho a limpar o jardim, fazendo um extra na vendinha da esquina, como ajudante de nossos pais (costurando, cozinhando, ajudando no salão de beleza, na horta, no escritório, na marcenaria, na oficina ou em qualquer outra atividade em que eles aproveitavam para nos ensinar algo prático, enquanto ainda atuávamos como pequenos ajudantes).
Bons momentos, aquela sensação de ganhar nosso próprio dinheiro e ainda aprendíamos algo útil, que de alguma forma contribuiu em nosso futuro.
Enfim, foi se o tempo em que os pais se preocupavam (ou tinham tempo) de incentivar seus filhos a fazerem algo prático e a ganharem seu próprio dinheiro.
Nos dias de hoje, ou eles mantem os filhos quietos entertidos no computador e TV ou em intermináveis aulas de esportes, que os deixem ocupados o maior tempo possível.
Em nossa cultura, valorizamos o ócio. A criança precisa apenas estudar e brincar e assim se tornará um adulto mimado, que não dá valor a nada do que obtém de graça e em sua maioria, vai para a universidade para continuar brincando.
Só depois de um acúmulo de erros e inconsequencias é que cai a ficha. A consciência de que cada um de nós paga um preço para sobreviver em nossa sociedade e que é preciso ganhar algum dinheiro, para pagar as contas ao final de cada mês. Aí vem a emergência de se conseguir um emprego.
Na escola, também não temos uma disciplina que estimule o espírito empreendedor. Mesmo assim o Brasil tem um dos maiores números de novos empresários a cada ano. A consequencia disso, são os inúmeros erros que cometemos ao iniciar o próprio negócio, por não ter a preparação e o conhecimento adequado.
Sobra criatividade e iniciativa no perfil do brasileiro, mas falta investir na formação deste futuro empreendedor.
Afinal, empreender e não depender de um emprego por toda a vida, pode ser uma das vertentes para escapar da crise do capitalismo, que hoje afeta principalmente o emprego nos países desenvolvidos.
Excelentes textos sobre o assunto, foram publicados hoje pela Revista Exame:
http://exame.abril.com.br/pme/noticias/qual-a-idade-certa-para-empreender
http://exame.abril.com.br/pme/noticias/8-licoes-de-empresarios-de-sucesso-para-os-empreendedores?p=1#link
By Mari
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