domingo, janeiro 15, 2012

Viver intensamente a infância, faz tudo valer a pena...

Hoje, me lembrei da infância simples e das experiências maravilhosas, ao contemplar a chuva através de minha janela.
Por quantas vezes quando era uma menina, presa em casa por causa da chuva, eu comtemplava as gotas caindo numa poça de água que se formava no quintal. Parecia magia, todas aquelas ondulações...
Éramos 03 irmãs morando em uma casa simples, mas com um grande quintal. Naquela época as crianças inventavam brincadeiras, pois não havia computador nem jogos eletrônicos.
Era um martírio quando chovia, pois não podíamos brincar na rua nem no quintal.
Nós praticávamos todos os esportes na rua mesmo, entre eles empinar pipa e jogar taco.
Meu pai era rígido com as tres filhas, mas trabalhava muito e minha mãe liberava a gente.
Nós mesmas fazíamos as pipas e roubavámos linha de costura de minha mãe, para empinar. O vento ajudava e elas iam bem alto e a gente laçava um monte de pipas dos garotos. Era muito divertido...
Para jogar tênis, armavámos uma rede num campinho e como minha irmã havia ganho um par de raquetes profissionais, faziamos a alegria das crianças do bairro, disputanto campeonatos.
Inventávamos brinquedos como carrinhos de rolimã e infindáveis brincadeiras com bola, entre outras peraltices.
Nos dias de chuva, tinha leituras ou serviços artesanais (tricô, crochê, pintar, costurar, bordar, cozinhar e etc), mas também aprendi a mexer concreto com meu pai, a fazer bloco de cimento, tratar e pintar uma parede de alvenaria, ajudei ele a fazer e dar acabamento em um banco de madeira que colocamos em baixo de uma grande árvore de eucalipto, que reinava no quintal. Nos deliciávamos chupando picolé sentados no banco e nos refrescando à sombra, em dias de calor. Minha mãe chorou no dia em que cortaram o pé gigante de eucalipto (o vizinho ia constrir um sobrado e parte da copa do eucalipto atrapalhava a construção). Ela resistiu muito em permitir o corte da árvore, até ficou magoada com o tal vizinho, mas não havia outro jeito...
São lembranças e experiências que trago comigo.
Talvez seja por isso que até no trabalho, eu não me contento só com o planejamento dos projetos, gosto de participar das execuções... tá na minha personalidade

By Mari

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