sexta-feira, janeiro 15, 2010

O LIMITE DA IMPRENSA - EXPLORAR AS TRAGÉDIAS OU MOSTRAR A REALIDADE?

Menino resgatado vivo nos escombros do Haiti, após 36 horas.

Quando as emissoras de TV exploram exageradamente as tragédias, seja nos programas jornalísticos ou em outros programas diários, batem record nos pontos de IBOPE. A disputa das emissoras, ficam na intensidade do drama com que elas estão transmitindo as tragédias do momento.

Ou seja, se fazem drama com o sofrimento e o desespero dos outros, o público assiste e aumentam os índices de audiência.

Qual o limite entre, transmitir a notícia e fazer sensacionalismo?

Toda a mídia está explorando as imagens e os dramas desta tragédia ocorrida no Haiti. Os jornais colocam a maior foto possível em suas capas, com muitos corpos e pessoas feridas. As TVs transmitem imagens, antes censuradas por algumas emissoras, de corpos mutilados e capricham na dose de emoção quando relatam os dramas das vítimas. Na Internet estão sendo veiculados vídeos e fotos, com o simples propósito de chocar as pessoas, com o sofrimento alheio.

Isto está acontecendo em esfera global. Repórteres desembarcam aos montes no precário aeroporto do Haiti, para transmitir toda a dor possível em troca do aumento nos índices de audiência.

O que leva as pessoas a ficarem entertidas com este tipo de sensacionalismo? Aqui no Brasil exploraram tudo que podiam do menino na Bahia que teve agulhas inseridas no corpo, do assassinato da menina Isabella Nardoni, e do desaparecimento da menina Madeleine em Portugal que repercutiu em toda a imprensa mundial. Mas estes já são fatos que cairam no esquecimento da opinião pública. Enquanto isso, dale Big Brother, No Limite, na Fazenda e outros programas de confinamento e sadismo que expõem os indivíduos a tudo, em troca de audiência.

Ainda não encontraram uma explicação plausível, para essa atração em comtemplar o sofrimento alheio.

No caso do Haiti, o excesso de exposição na mídia de toda esta tragédia, está atraindo ajuda de todos os cantos do planeta. Um país que vivia sob a intervenção da ONU, e que já necessitava de atenção e recursos internacionais, antes mesmo deste terremoto. Porém poucos países, entre eles o Brasil, estavam realmente preocupados em ajudar a reestruturar o Haiti, com um trabalho contínuo e solidário.

Na foto acima, copiada na Net, um retrato do milagre da vida. Histórias que comovem, mas que dão prazer em contar.

By Mari


Um comentário:

Anônimo disse...

O caso Isabella jamais será esquecido a justiça será feita e o julgamento é 22/03/2010.