Quando as emissoras de TV exploram exageradamente as tragédias, seja nos programas jornalísticos ou em outros programas diários, batem record nos pontos de IBOPE. A disputa das emissoras, ficam na intensidade do drama com que elas estão transmitindo as tragédias do momento.
Ou seja, se fazem drama com o sofrimento e o desespero dos outros, o público assiste e aumentam os índices de audiência.
Qual o limite entre, transmitir a notícia e fazer sensacionalismo?
Toda a mídia está explorando as imagens e os dramas desta tragédia ocorrida no Haiti. Os jornais colocam a maior foto possível em suas capas, com muitos corpos e pessoas feridas. As TVs transmitem imagens, antes censuradas por algumas emissoras, de corpos mutilados e capricham na dose de emoção quando relatam os dramas das vítimas. Na Internet estão sendo veiculados vídeos e fotos, com o simples propósito de chocar as pessoas, com o sofrimento alheio.
Isto está acontecendo em esfera global. Repórteres desembarcam aos montes no precário aeroporto do Haiti, para transmitir toda a dor possível em troca do aumento nos índices de audiência.
O que leva as pessoas a ficarem entertidas com este tipo de sensacionalismo? Aqui no Brasil exploraram tudo que podiam do menino na Bahia que teve agulhas inseridas no corpo, do assassinato da menina Isabella Nardoni, e do desaparecimento da menina Madeleine em Portugal que repercutiu em toda a imprensa mundial. Mas estes já são fatos que cairam no esquecimento da opinião pública. Enquanto isso, dale Big Brother, No Limite, na Fazenda e outros programas de confinamento e sadismo que expõem os indivíduos a tudo, em troca de audiência.
Ainda não encontraram uma explicação plausível, para essa atração em comtemplar o sofrimento alheio.
No caso do Haiti, o excesso de exposição na mídia de toda esta tragédia, está atraindo ajuda de todos os cantos do planeta. Um país que vivia sob a intervenção da ONU, e que já necessitava de atenção e recursos internacionais, antes mesmo deste terremoto. Porém poucos países, entre eles o Brasil, estavam realmente preocupados em ajudar a reestruturar o Haiti, com um trabalho contínuo e solidário.
Na foto acima, copiada na Net, um retrato do milagre da vida. Histórias que comovem, mas que dão prazer em contar.
By Mari