terça-feira, julho 19, 2005
CORRENDO PELA SAÚDE
Amigas que correm por puro prazer
Observa-se que, nos últimos anos, o número de adeptos à prática de corrida vem crescendo substancialmente. É notável a quantidade de provas de fim de semana que, na maioria, esgotam-se as inscrições assim que são abertas; e o público feminino não fica fora disso.Com o acúmulo de funções em casa e no mercado de trabalho, a mulher se viu exposta ao estresse e às doenças antes predominantes na população masculina, e a atividade física passou a ser não só questão estética, mas também aliada para melhor qualidade de vida. As mulheres, principalmente nas últimas décadas, vêm descobrindo os benefícios e os prazeres desta prática tão antiga: a corrida.A corrida, como atividade aeróbia, produz adaptações importantes ao esforço prolongado com conseqüente aumento da resistência cardiovascular e respiratória; otimiza o metabolismo, ajuda na queima de gordura do tecido adiposo e na redução da gordura circulante no sangue, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, como arteriosclerose e hipertensão. O risco de se desenvolver diabete também diminui, já que aumenta a sensibilidade à insulina.Mesmo com tantos benefícios, muitas mulheres ficam em dúvida quando se sugere a corrida como atividade rotineira, mas a grande maioria se surpreende com os bons resultados. As dúvidas mais comuns giram em torno de questões, as quais eu ousaria chamar de “lendas”, como: “é verdade que os seios e o bumbum podem ficar caídos com a prática da corrida?” Não, não é verdade. A corrida não produzirá efeitos maiores do que os causados pela ação do tempo e amamentação ou por grandes oscilações de peso ao longo da vida, bem como pela predisposição genética à flacidez. Durante a corrida os glúteos são músculos muito recrutados, fazendo com que permaneçam em constante contração e conseqüentemente adquiram melhor tonicidade. Quanto às mamas, recomenda-se o uso de tops e sutiãs bem firmes, até para mais conforto durante a movimentação. Exercícios localizados e musculação podem ter importante função complementar, tanto no desempenho da corrida quanto na estética corporal, contanto que orientados por um profissional, para que não ocorra sobrecarga dos músculos, tendões e articulações.Como todo exercício de alto impacto, a prática da corrida deve ser acompanhada de certos cuidados, pois, principalmente as articulações (tornozelos, joelhos e coluna) podem ficar mais vulneráveis às lesões. A mulher, por questões anatômicas e reprodutivas, pode apresentar maior frouxidão dos ligamentos, com tendência a sentir mais problemas com os joelhos do que os homens. Por isso o fortalecimento da musculatura adjacente se faz necessário. Na gravidez essa frouxidão dos ligamentos torna-se ainda maior em virtude dos hormônios femininos, por isso não são aconselháveis exercícios de alto impacto e nem com sobrecarga neste período. A avaliação biomecânica do pé também é muito importante para que se determine o tênis adequado, sendo que a grande maioria das mulheres, pelas mesmas questões anatômicas, apresentam pés pronadores (de neutros a excessivos); mas, felizmente, o mercado de calçados oferece tênis para todos os tipos de pisadas.
Um estudo realizado na Universidade de Caxias do Sul, RS, constatou a superioridade dos exercícios aeróbios sobre os anaeróbios para amenizar os efeitos da TPM. A atividade aeróbia promove maior liberação de endorfina, calmante natural produzido pelo cérebro, responsável pela sensação de bem-estar. Em alguns estudos, a endorfina na corrente sanguínea também é considerada um estabilizador de glicose
A corrida e os exercícios aeróbios em geral podem também auxiliar a mulher a lidar com a Tensão Pré-Menstrual (TPM), uma vez que o aumento da taxa metabólica aumenta a circulação sanguínea e conseqüentemente otimiza o transporte de oxigênio e nutrientes essenciais. Mesmo que a corrida seja atividade rotineira, a mulher que sofre de tensão pré-menstrual deve ficar atenta ao próprio ciclo e selecionar suas atividades de acordo com o tipo de TPM, no período em que os sintomas estão mais acentuados. Para quem sofre de TPM do tipo A, em que predomina a ansiedade, o melhor é que se diminua o ritmo da corrida e enfatize o trabalho de alongamento, relaxamento e técnicas de meditação, o que pode colaborar para baixar os níveis de adrenalina; na TPM do tipo C, a característica predominante é a compulsão por doces e massas. Portanto, qualquer atividade aeróbia deve ser mantida, inclusive a corrida, para que se elevem os níveis de endorfina e ocorra uma conseqüente diminuição da compulsão alimentar; o mesmo é recomendado para a TPM do tipo D, em que predomina a depressão; o último tipo é a TPM do tipo H, em que a retenção de líquidos é a característica principal, o que afeta muito a disposição da mulher e pode provocar enxaquecas. Neste caso apenas exercícios na água e drenagem linfática são aconselhados para aliviar os sintomas.
www.treinamentoparamulheres.com.br
telefones de contato: (11) 9983-5329/9229-5839
Fonte: Revista Running br
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