domingo, fevereiro 15, 2009

O tempo e a vida...


Não sei... se a vida é curta ou longa demais pra nós,
Mais sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, Braço que envolve, Palavra que conforta, Silêncio que respeita, Alegria que contagia, Lágrima que corre, Desejo que sacia, Amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, Mas que seja intensa, verdadeira, pura.
Enquanto durar.
(Cora Coralina)

sábado, fevereiro 07, 2009

PRIMEIRO CAPÍTULO - RECONSTRUINDO MEU EGO

Introdução


É preciso saber um pouquinho de psicanálise, para entender a Teoria defendida por Sigmund Freud, um dos pais da psicanálise.

Super-Ego:
É inconsciente, é a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos. É a repressão, particularmente, a repressão sexual. Manifesta-se à consciência indiretamente, sob forma da moral, como um conjunto de interdições e deveres, e por meio da educação, pela produção do “eu ideal”, isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa.
Pela minha interpretação, o Superego nada mais é, do que aquela voz que fica brigando na nossa cabeça, pra nos lembrar do que é certo e do que é errado, seguindo nossa educação e as regras da sociedade em que estamos inseridos.

ID:
O id (isso) é o termo usado para designar uma das três instâncias apresentada na segunda tópica das obras de Freud. Possui equivalência topográfica com o inconsciente da primeira tópica embora, no decorrer da obra de Freud, os dois conceitos: id e inconsciente apresentem sentidos diferenciados.
Constitui o reservatório da energia psíquica, onde se “localizam” as pulsões. Faz parte do aparelho psíquico da psicanálise freudiana de que ainda fazem parte o ego (eu) e o superego (Supereu).
As primeiras traduções das obras de Freud no Brasil privilegiaram a utilização do termo do Latim como Id, embora traduções mais recentes tenham utilizado isso por acreditarem ser mais fiel ao original .
Formado por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes e regido pelo princípio do prazer, que exige satisfação imediata. É a energia dos instintos e dos desejos em busca da realização desse princípio do prazer. É a libido.
O id a princípio responde as necessidades do indivíduo ao nascer, ou seja, ao nascer o indivíduo está voltado para as suas necessidades básicas.
Para mim fica claro que o id se manifesta em nossas mentes, como aqueles instintos e vontades desesperadas que atropelam nossa consciência para satisfação do nosso corpo.

Ego:
Ego ou Eu é o centro da consciência, é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo. Obedece ao princípio da realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id sem transgredir as exigências do superego. Quando o ego se submete ao id, torna-se imoral e destrutivo; ao se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter ao mundo, será destruído por ele. Para Jung, o Ego é um complexo; o “complexo do ego”. Diz ele, sobre o Ego: “É um dado complexo formado primeiramente por uma percepção geral de nosso corpo e existência e, a seguir, pelos registros de nossa memória. Todos temos uma certa idéia de já termos existido, quer dizer, de nossa vida em épocas passadas; todos acumulamos uma longa série de recordações. Esses dois fatores são os principais componentes do ego, que nos possibilitam considerá-lo como um complexo de fatos psíquicos.”
O Ego em sua função básica à natureza humana é a consciência da sobrevivência, é o limite da consciência entre o instinto de doar-se a uma causa ou a uma verdade rígida (Superego) e o da própria sobrevivência humana como indivíduo. É importante
salientar que a função do EGO é ignorada e portanto este tantas vezes é utilizado de forma exacerbada, errônea e inconsequente, mas que é acima de tudo uma função na composição mental do indivíduo.

A meu ver o Ego é aquela parte da nossa mente, que ouve o nosso Supergo e também ouve o nosso id e só então decide o que fazer. Ou seja, ele é responsável pelas nossas atitudes do dia-a-dia e define como vamos viver a nossa própria vida. É a parte mais pressionada de nossa psique, que tem a grande responsabilidade de tomar a decisão acertada e a tarefa de nos orientar qual o melhor caminho a seguir.
É neste campo que experimentei trabalhar minha transformação e minha percepção da realidade.
Num primeiro momento precisei entender que a nossa vida é única (a perda dos meus pais e o meu sofrimento me ajudaram nisso), que ela é o maior tesouro que possuímos e que está em nosso poder. Portanto somos nós que decidimos se esta vida vai ser boa para nós, ou não.
E o mais importante; que o tempo dela é curto e passa muito rápido (é pena que só percebemos isso, quando já estamos no meio ou no final dela. Como disse Steve Jobs, um dos homens mais criativos do nosso século, que aos 20 anos fundou a Apple e que esta se afastando da empresa no período de seu maior apogeu devido a um câncer _ “O tempo de vocês está marcado, não o desperdicem vivendo a vida alheia”.


O que você vai fazer da sua vida? Só depende de você.


E é aí que está a grande diferença entre as pessoas que estão consolidando seus sonhos e as que estão sempre tentando.

Há aquelas que vivem mudando de idéia ou desistindo de seus objetivos diante das dificuldades da vida e assim vão se perdendo pelo caminho indecisas e influenciadas por seus grupos, muitas vezes gozando de prazeres que nem são os seus (só descobrem isso, depois de muita frustração). Já as pessoas determinadas, perseguem seus sonhos e vão alcançando seus objetivos com persistência ao longo da vida e têm bem definido para si, o que realmente lhes dá prazer (as vezes é preciso ser egoísta e procurar o melhor para você, sem precisar prejudicar o próximo).
Eu mesma, tenho alguns exemplos de pessoas que conheci quando jovem e que vi conduzirem suas vidas, buscando as coisas que lhes traziam prazer e satisfação. Muitas delas são desconhecidas e outras até se tornaram famosas pelos seus feitos. Seja no esporte, na vida profissional, no casamento e na vida social que almejaram, e algumas na realização de seus projetos sociais (simplesmente com o objetivo de ajudar ao próximo).
Tudo isso me fez pensar que sempre há tempo de mudar o rumo de nossas vidas e os planos que temos para ela.
Entendi que nós podemos decidir como conduzir nossas vidas, a partir desta conscientização. Então estabeleci uma tríade de significados _ três palavras que resumem com simplicidade, as etapas desta transformação_ e que servirão de orientação por toda a minha vida.

Descobertas – Persistência – Prioridades e suas Escolhas


DESCOBERTAS

Meu primeiro passo, foi mergulhar em minha mente e analisar tudo aquilo que:

1º - O que já me deu prazer ou que poderá me dar prazer _ Perseguir e conseguir.

Ex.: como eu gosto de ter meu corpo, minha pele, meu cabelo, etc.; coisas que eu gosto de fazer ou que eu sempre quis fazer; pessoas que me dão prazer com sua companhia; atividades e programas que gosto de fazer, etc.

2º - O que eu não gosto ou o que já não dá mais, nenhum prazer: Eliminar ou transformar.

Ex.: atividades, trabalho, programas ou a companhia de pessoas que me desagradam, coisas em minha aparência, minha saúde, minha alimentação, etc.

3º - Aquilo que eu sonho em conseguir: Nada pode ser impossível !!

O segredo está em como chegar lá e não desistir, em como perseguir tudo isso de forma disciplinada e persistente.
a) Penso sempre em estar bem (pensar positivo e se cercar de pessoas otimistas). Freqüentar ambientes positivos e controlar impulsos e atitudes que prejudiquem o convívio com as pessoas que eu gosto. Vou desenhar um meio-sorriso permanente em minha face (cantos dos lábios sempre para cima), pois o mundo me será mais receptivo e vou formar uma ruga de expressão bem mais atraente (do que com o canto dos lábios para baixo).
b) Cuidar da saúde e do corpo; aprendi a ter prazer fazendo exercícios (adotei uma rotina de caminhada ou corrida e descobri atividades esportivas que me dão prazer). Eliminei o que todo mundo sabe que faz mal, e que só depende de nós – cigarros - bebidas em excesso - maus hábitos alimentares (economizei na comida comendo de tudo um pouco, sobra dinheiro e saúde). Outra técnica que aprendi é quando estou pensando em comida, desvirtuo o pensamento para o sexo – penso naqueles momentos de prazer que já tive ou me divirto com fantasias sexuais.
c) Evito me lamentar. Mentalizo tudo que eu gostaria de conseguir e vou atrás. Mais cedo ou mais tarde sei que vou conseguir. Aprendi a ser persistente e paciente e fico sempre atenta (usando a inteligência e a razão para descobrir o melhor caminho a seguir): pode ser a cura de uma doença, a mudança do visual, aquele mestrado ou curso que quero fazer, aquele novo emprego, aquela viagem ao exterior, aquela pessoa que quero conquistar, aquele filho que talvez ainda queira... O segredo é não desistir, pois quanto mais difícil fica, para mim significa que o prazer será ainda maior.

4º - Descobrir como eu posso melhorar minha postura diante da vida para me tornar uma pessoa mais satisfeita (já que eu não acredito em felicidade plena , apenas em momentos felizes por sermos eternamente insatisfeitos).

Como explica a psicanálise, os nossos constantes conflitos entre o Superego, o Id e o Ego sempre vão existir no homem. Nunca seremos plenamente satisfeitos e felizes. Mas talvez seja esta, a principal característica humana que nos torne tão obstinados e criativos, talvez seja este o principal motivo da nossa evolução constante: estamos sempre em busca de mudanças, para melhorar as coisas e conseguir mais conforto, beleza e prazer. Cronológicamente ao longo de nossa vida, mudamos nossa percepção do mundo e de nossa existência em cada uma de nossas fases; infância, adolescência, idade adulta e maturidade. Então é natural que no auge de nossa consciência adulta, possamos interferir nessa transformação. Podendo tornar nossa vida mais saudável e prazeirosa ou solitária e sofrida para os próximos anos. Isso só depende de nós e das nossas atitudes.


PERSISTÊNCIA

1º - Como ser persistente, aprendendo a vencer nossas próprias fraquezas e superar os obstáculos que surgem

(continuo na próxima postagem)

By Mari